sábado, 27 de setembro de 2014

Sessão extra: Era uma vez, uma noiva que eu vi... Viviane Morais

 
  Boa noite, queridos e queridas!

      Sei que hoje não é domingo, para fazer outra sessão extra, mas é minha folguinha da tese,então, aproveitei para escrever um pouquinho sobre outra noiva, minha amiga Viviane Morais, cujo casamento não vi, mas que gostaria MUITO de ter participado, não fosse o Sr.Chronos que só nos faria conhecer apenas alguns anos depois, em 2007... 
        Vivi e eu fomos colegas no curso de Letras da Ufal.  De simples cumprimentos  nos corredores, de "oi" em "oi", começamos a pagar umas disciplinas em comum e a amizade foi crescendo, desde os livros e para além deles... Passando por percalços, risos, choros, tropeços, acabamos estudando juntas as pressuposições,os acarretamentos, as litotes "y otras cositas más" (para aquelas provas maravilhosamente aterrorizantes); vi as duas filhas dela crescendo;esbaldamo-nos no baile de formatura, enfrentamos 21 horas de aventura "From Arapiraca to Governador Valadares" (Para que? Ir a um casamento! Rs); conversamos por horas seguidas, feito caixa-de-música descompensada; apresentamos trabalhos, no estilo "deu a louca sem orientador",  enfim, vivemos MUITAS EXPERIÊNCIAS, que valem a lembrança e o escrito!



       Sempre acreditei, e agora vendo, acredito ainda mais, que há sonhos da nossa vida que são desejados por outras pessoas também... Assim foi com meu casamento: nas incontáveis partilhas que sempre tivemos, o meu "grande dia" sempre esteve em pauta, não como um anseio, esfumaçado em um futuro incerto, mas sim (apesar de todas as nossas dúvidas e fragilidades humanas), com a certeza de que algo estava a ser preparado para se cumprir, pois
Quando o Senhor reconduzia os cativos de Sião, estávamos como sonhando.
Em nossa boca só havia expressões de alegria, e em nossos lábios canto de triunfo. Entre os pagãos se dizia: O Senhor fez por eles grandes coisas.
Sim, o Senhor fez por nós grandes coisas; ficamos exultantes de alegria!
Mudai, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes nos desertos do sul.
Os que semeiam entre lágrimas, recolherão com alegria.

Na ida, caminham chorando, os que levam a semente a espargir. Na volta, virão com alegria, quando trouxerem os seus feixes  (Salmo 125, 1-6).

       Assim, imaginávamos TODOS os detalhes, não uma coisinha ou outra, absolutamente tudo mesmo... O surgimento do noivo, deixávamos sob responsabilidade do grande orquestrador! Um dia, ele chegaria, infinitamente humano e infinitamente abençoado! Eis que, depois de sete anos de amizade, o noivo chegou... Agora, como Vivi mesmo me dizia, "é pensar na beca, preparar o bolso e partir para o abraço!"
       Porém, leitores/as, isso é matéria nova.Voltemos, pois, no tempo, à minha primeira visita à casa de Viviane:



       Vi o álbum de casamento dela, simplesmente amei... Tudo muito singelo, elegante, apropriado e, sobretudo, atualizável, apesar de o casamento ter ocorrido em janeiro de 1998! A noiva que Viviane escolheu ser, por optar pelo clássico, não ficou datada, de modo que, com pequeníssimos ajustes, você olha o vestido e o penteado e diz, sem medo, "-Eu usaria!" Vamos ver algumas imagens, então?






       Reparem que o vestido é um clássico modelo de princesa, em que não há excesso, mas uma composição  em equilíbrio: maquiagem leve, véu fluido, bordado em pérolas em consonância com as aplicações em renda sobre o cetim, volume na medida certa, arrematado por um penteado sóbrio e o atualíssimo bouquet em tons claros. Tudo na medida certa Para mim, o ponto alto do vestido são os ombros à mostra, que, no conjunto, leio como a transição da menina para a mulher... A elegância na simplicidade.
          Algo importante, que soube recentemente: esse não era o modelo escolhido por Viviane, e sim de uma grande amiga dela, ambas casariam na mesma época, mas a jovem faleceu... Transformando dor em significado, Vivi decidiu homenageá-la. Nem preciso dizer mais nada, o gesto fala por si!
           Sei que sou suspeita para falar, mas acho o vestido bastante atualizável. Abaixo, escolhi (via google imagens) fotos de modelos de um estilista que eu amo (apesar da falta de grana, rsrs): Sandro Barros. Notem que as tendências (inclusive, de bouquet e cabelo) que apontei acima, estão presentes:


     
           Bom, é isso... Esperam que tenham gostado. Beijos com afeto, Luiza Rosiete.


sábado, 20 de setembro de 2014

A prova do meu vestido de noiva ou a contemplação do silêncio



   
"Dizem que há um momento em que toda a mulher é bela, em que um reflexo ilumina o seu rosto e dá-lhe esse brilho que fascina; os franceses chamam a isto... la beauté du diable.
Há também um momento em que as mulheres belas são anjos, em que o amor casto e puro lhes dá uma expressão divina; eu, bem ou mal, chamo a isto... a beleza do céu. " (José de Alencar A Viuvinha , 1857)

   Olá, olá, pessoal... No intervalo da minha correria, cá estou para falar da minha experiência de quinta, dia 18 de setembro de 2014, dia do aniversário da minha mãe e da data que eu e Maciel nos conhecemos (18/3/2013): a prova do meu vestido de noiva! 
    Provei-o pela primeira vez, em 9 de Julho de 2014, mas decidi viver a experiência interna e intimamente antes de partilhar, como uma flor que se quer exibir quando está ainda mais bela e viçosa!  Foi um silêncio tão bonito, tão meu, deu frutos porque ontem a sensação foi ainda mais esplêndida! 
    Colocar os primeiros esboços do traje que marcará minha mudança, de moça solteira para jovem senhora casada, para mim tem muito significado, não só pela singularidade da roupa, única e especial, mas sobretudo, pelo que ela representa: uma tessitura de provas, de vivências, de perdas, ganhos, de aprendizado, lutas, crescimento e maturidade. Cada detalhe escolhido em meu vestido me remete a esse turbilhão de nuanças sobrepostas e, embora não possa nem queira fugir totalmente do que a moda orienta sobre elegância, as tendências não foram meu primeiro fator de escolha e construção, elas estavam, sim, a serviço do que vi, vivi e venci, de maneira que os tecidos que me cobrirão as formas, trarão as várias "Luizas", que constituem o que sou, o que fui e o que, em Deus, almejo ser como filha do Senhor, mulher, esposa, mãe e componente da nossa família. 
     Não se trata, portanto, de um mero figurino para o dia mais importante da minha vida, mas um símbolo dos muitos sentidos que ela possui, uma veste pensada, sonhada, buscada, concretizada e sacralizada que, espero, servirá para me lembrar a beleza e o valor do compromisso que assumi diante de Deus e do meu esposo. Nos dias mais difíceis (perfeitamente normais em qualquer relacionamento) quero olhar para o meu vestido de noiva e me deixar preencher pela poesia que ele conterá. Piegas? Não creio. Tentar poetizar essa "vida agreste" (Graciliano Ramos), embora não seja fácil, é um caminho para ter esperanças e ser ainda mais feliz...
     Pensei nessas coisas em meio às linhas, agulhas e medições, senti-me suave e determinada, numa contemplação íntima que toca o indizível! Sou grata pelo que provaram meu corpo e alma, algo além dos limites do que  podem proporcionar as tramas, urdiduras e texturas! 
     Desejo que, no futuro, as imagens possam traduzir um pouco do que meu coração provou...
    Mas como esta parte é surpresa, he, he, divido com vocês imagens de vestidos de noivas em filmes e novelas, que me marcaram de algum modo, que estão guardados nos olhos, no coração e na memória! Deixo claro que o meu não tem relação, nem semelhança alguma com nada ou nenhum deles, logo, o suspense só acabará MESMO no dia do casamento... As montagens são de minha autoria, a partir de imagens do Google.  Vamos lá?

1. As Pupilas do Senhor Reitor (Novela de 1994-1995, SBT): Simplesmente sou completamente APAIXONADA por esta novela (e também  pelo livro homônimo, lido em 2007, nas lindas aulas de Literatura Portuguesa 2), tinha tudo que eu amava - de época, com um elenco primoroso, era bucólica, lírica e romântica-,  as protagonistas eram meninas simples que lutaram muito para chegar a realizar seus sonhos; havia beleza e singeleza em cada detalhe, logo, os vestidos do grande dia, embora, simples, têm um lugar especial no meu coração.


2. Força de um Desejo (Novela de 1999, Globo): Outra produção de época que me encantou, baseada em obras do Visconde de Taunay.  Estatelei diante da noiva Alice (Lavínia Vlasak), que embora não merecesse, estava estonteante. Lembro que passei dias sonhando com o vestido, rs...



3. O Pai da Noiva (Filmes de 1950 e 1991, EUA): Ambos os filmes marcaram minha infância, pela singeleza da comédia e por ser filha caçula. Será que Painho reagiria como o Sr. Banks? Passei muito tempo a rir e me perguntar,  enquanto "namorava" com os dois vestidos, desejando o da Elizabeth Taylor.


4. A Noviça Rebelde (Filme de 1965, EUA): Música, Julie Andrews, fé, freiras, crianças, década de 30, uma noviça agitada?  Esse filme ganhou Lulu... Está entre os meus preferidos, muito (m)eu... Maria, Maria... Que vestido é este? Sublime! Quero minhas freirinhas lindas no meu dia também... Pronto, falei!



5. Coração Selvagem (Novela exibida em 2000 e 2001, no SBT): A história de Mônica e Juan del Diablo, no Caribe do século XIX, muito me comoveu. Ainda lembro da focalização da câmera, sob o véu da noiva, como que a metaforizar seu olhar de medo, descoberta, amor puro e mudanças em relação ao casamento com o homem a quem amava.


6. O privilégio de Amar ( Novela exibida em  1999 e 2000, no SBT): Eis uma história linda que me ensinou muito sobre a vida, a importância dos valores e dos sonhos. Adela Noriega estava tão meiga como Cristina, seu vestido era digno de uma princesa e, em minha opinião, ainda é muito atual.



7. A Usurpadora (Novela exibida em  1999, no SBT): Paola e Paulina? Tudo de bom! Trama super legal, apesar de lacrimejante demais em alguns momentos. Paulina estava triunfante em seu vestido belíssimo e tradicional.



8. Esmeralda (Novela exibida em 2000 e 2001, no SBT): Esta novela marcou minha memória afetiva de modo profundo por muitos motivos, dentre os quais destaco a presença de três de minhas paixões - o campo, a cor verde, e as pedras de esmeralda! Muito eu... A Letícia Calderón transmitia uma pureza tão natural e triunfou como uma fada ou uma rainha com aquele vestido e brincos de esmeralda maravilhosos...



 9.  Laços de Família (Novela de 2000 e 2001, Globo): Manoel Carlos escreveu ma história profundamente marcante sobre os sacrifícios de uma mãe e a luta contra o câncer de Camila que, em tempos felizes, trajou o perfeito vestido de rendas, sobreposições e gola alta que eu nunca esqueci e que não envelheceu.



10. Amor Real (Novela exibida em 2004, no SBT): o meu amado século XIX apareceu de novo, no México da guerra civil, além da divina Adela e seu vestido de princesa que me deixa boquiaberta até hoje. 


11.  Essas Mulheres ( Novela de 2005, Record, baseada nos "Perfis de Mulher" de José de Alencar): Dentre todas as novelas que vi, esta me é a mais cara, marcou o início do meu curso de Letras e me ajudou a tomar uma das decisões mais felizes da minha vida - tornar-me pesquisadora da obra de José de Alencar. Tudo nessa adaptação foi marcado pelo primor. Christine Fernandes e Gabriel Braga Nunes estão perfeitos como protagonistas. E o vestido de noiva de Aurélia ? Sem comentários... É o vestido de AURÉLIA CAMARGO, ponto e basta! O figurinista César Duarte, creio, pôs na roupa parte da grandeza da personagem, sedução e pureza, simplicidade e altivez, doçura e paixão. Queria para mim, rsrs.



12. Alma Gêmea (Novela de 2006, Globo): O amor de Luna/Serena e Rafael que tudo supera é de uma doçura convincente e romântica, assim como o vestido, estilo anos 20, usado por Luna. A cena do casamento transborda amor ao som da linda voz de Ivo Pessoa, cantando "Uma vez mais". Nunca esqueci.



13. Viver a vida (Novela de 2009, Globo): Tive uma identificação profunda com a personagem Luciana, pois, em parte, experimento o contexto de uma limitação física; a cena do casamento foi catártica para meu coração, um sinal de esperança na força de um amor destituído de preconceitos. O vestido não é dos meus preferidos, mas a cena vale a lembrança, até porque eu encontrei alguém tão maravilhoso quanto o Dr. Miguel!



14. Lado a Lado (Novela de 2012):  As lutas de Laura e Isabel, no Rio de Janeiro do início do século XX, simplesmente me despertaram para a consciência de ser sujeito de minha própria história, independentemente do afeto de pessoas ou não. Ao assistir a novela, mergulhei em mim mesma... Nada mais a dizer! 







15. Downton Abbey (Série britânica, de 2011, ainda em curso): amo absolutamente, por cada detalhe, tudo nessa produção me prende e envolve. Os vestidos de Lady Mary e Lady Edith não causariam efeitos diferentes. Perfeitos! 



    Bom, espero que tenham gostado. No link abaixo, encontrarão uma excelente síntese sobre as origens dos vestidos de noiva: 


    Beijos com afeto e sonhos, Luiza Rosiete.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Noiva inesquecível: Kate Middleton



      Oi gente, em um intervalinho das leituras para a tese, resolvi fazer um post sobre uma garota que admiro pela simplicidade, elegância e simpatia e que, além de tudo foi uma noiva deslumbrante e inesquecível, Kate Middleton, Duquesa de Cambridge, esposa do Príncipe William de Gales. 
      Hoje, tive acesso a notícia de que os papais serão agraciados pela chegada de um segundo bebê, por isso, quis fazer uma homenagem aos dois relembrando um pouco da cerimônia. Vamos lá?
      William e Cathetine casaram numa sexta-feira, 11 de Abril de 2011, lembro que como fui ao médico, deixei o gravador funcionando. Tenho o DVD até hoje, he, he... 
    O casal parecia discreto e tímido, mas feliz e apaixonado, o essencial num rito de matrimônio em qualquer lugar do mundo, a Abadia de Westminster, em Londres teve, como decoração principal, árvores frescas de ambos os lados, sob um tapete vermelho, estendido ao longo da nave, o cenário foi enriquecido pela linda luz diurna.
    E a noiva? Linda, perfeita. O vestido foi assinado por Sarah Burton, da casa Alexander McQueen, para mim, a combinação de rendas, transparências, cauda de comprimento mediano fizeram do modelo, algo singular e atemporal! O sonho da minha mãe é me ver num desses, mas como sou Luiza  e não Kate, terei o meu próprio modelo, kkk.
    No início de Maio de 2011, minha irmã Elisângela e eu, viajamos rumo a um encontro de literatura no Rio Grande do Sul, numa escala no aeroporto da Bahia, compramos uma revista que cobria, maravilhosamente bem, o evento. Pelo contexto de aquisição, ela tem um valor sentimental para mim, está guardada a sete mil chaves, mas decidi partilhar fotos das reportagens com vocês, espero que gostem...

Mais detalhes sobre o vestido...
             
  
Fotos e reportagens da revista...



     E para completar, este ano, ainda ganho de Papis, o Cd da cerimônia... Impossível não ser especial ao meu coração ...
    

    É isso... Parabéns a família pelo novo presente de Deus...

      Beijocas, Luiza Rosiete.